O Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, circula menos durante os períodos mais frios, mas isso não significa que os cuidados de prevenção à doença devem ser deixados de lado.
Segundo a Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive), se os criadouros do mosquito não forem eliminados enquanto as temperaturas estiverem mais baixas, os ovos podem permanecer intactos por meses e quando a chuva e o calor voltarem, eles podem eclodir, dando origem a novos mosquitos.
“As medidas de controle do mosquito devem ser mantidas durante todo o ano. Apesar da redução na transmissão das doenças transmitidas pelo Aedes aegypti nos meses de mais frio, continuamos registrado focos do mosquito e casos de dengue nesse período. Isso mostra a capacidade de adaptação do mosquito e a importância da manutenção das ações de prevenção, mesmo nesse período de queda das temperaturas”, alerta João Augusto Brancher Fuck, diretor da Dive em Santa Catarina.
Por isso, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) alerta a população para manter os cuidados e eliminar locais com água parada, a melhor maneira de prevenir a dengue.
“São ações simples que devem ser colocadas em prática agora, no outono e, também depois, no inverno. É preciso que seja um hábito analisar e inspecionar o quintal, a casa e o ambiente de trabalho”, explica Ivânia Folster, gerente de zoonoses.
Dengue em SC
De acordo com o último informe epidemiológico, divulgado na sexta-feira, dia 3, pela Dive, já foram identificados no estado 45.952 focos do Aedes aegypti em 229 municípios. Além disso, 130 municípios são considerados infestados pelo mosquito e 64 estão em epidemia de dengue.
Também já foram confirmados 53.049 casos da doença, sendo a maioria autóctone (48.892), ou seja, casos contraídos dentro do estado. Somente em 2022 já foram registrados 54 óbitos pela doença e outros 21 seguem em investigação.