A Chapecoense divulgou em sua página oficial uma nota de agradecimento aos serviços prestados pelo presidente Paulo Ricardo Magro, vítima fatal da Covid-19 nesta quarta-feira, dia 30. A morte foi informada no início da noite. O clube emitiu uma nota de pesar pelo falecimento. Paulo tinha 59 anos.
“Ele nos devolveu a esperança. Fez com que acordássemos, diariamente, crentes na existência de dias melhores e renunciou de muitas coisas para garantir que eles chegassem”, diz um trecho do texto (leia na íntegra logo abaixo).
Paulo estava internado na UTI do hospital da Unimed, em Chapecó, desde o dia 18 de dezembro. Durante o tratamento, apresentava melhora gradativa, mas lenta. Na noite de terça houve uma piora brusca por conta de uma infecção que comprometeu o funcionamento dos rins. O presidente passou por uma hemodiálise bem sucedida, mas na segunda vez, houve complicações e não resistiu.
O sepultamento está marcado para as 15 horas desta quinta-feira, dia 31, no Cemitério Jardim do Éden em Chapecó. O cortejo sairá da Arena Condá às 14h20. Por conta do protocolo da Covid-19, não haverá velório.
Leia a nota da Chapecoense
Se tivéssemos que escolher uma palavra para descrever Paulo Ricardo Magro, seria coragem. Foi com e por ela, afinal, que o presidente assumiu o comando da Chapecoense no momento em que o clube era desacreditado pela maioria. Mas não por ele: Paulo, que nunca teve medo de trabalho, arregaçou as mangas e, de forma incansável, tratou de se tornar o autor de mais um capítulo de reconstrução da nossa história.
Ele nos devolveu a esperança. Fez com que acordássemos, diariamente, crentes na existência de dias melhores e renunciou de muitas coisas para garantir que eles chegassem.
Por tudo isso - pelas palavras de sabedoria quando muitos calaram, pela fé inabalável quando muitos duvidaram e por provar, todos os dias, o poder revolucionário do simples ato de amar a Chapecoense, Paulo merecia, mais do que qualquer pessoa, assistir às nossas conquistas e participar da colheita dos frutos da sua confiança, da sua persistência, do seu trabalho.
Quisera o destino, no entanto - em mais uma das suas peças inexplicáveis e carregadas de incredulidade - que a partida de Paulo acontecesse muito antes do apito final. Ele não estará fisicamente presente quando, finalmente, pudermos nos abraçar para celebrar a conquista dos nossos objetivos. Mas sabemos que, agora, Paulo nos acompanhará das arquibancadas de um lugar melhor, ao lado de pessoas que, outrora, nos inspiraram e permitiram que sonhássemos alto e, principalmente, acreditássemos no nosso poder de realizar.
Daqui pra frente, mais do que nunca, a nossa força vem de cima e as nossas conquistas serão por você.
Muito obrigado, Paulo. Pra sempre presidente.
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