O governo de Jair Bolsonaro (PL) e o Congresso Nacional decidiram nesta terça-feira, dia 21, uma possível ampliação do vale-gás e a criação um auxílio para caminhoneiros como resposta à alta no preço dos combustíveis.
O Auxílio Gás foi criado em novembro do ano passado e paga 50% do valor de um botijão de gás de 13 kg às famílias beneficiárias a cada dois meses. Em junho, o valor do benefício é de R$ 53, pago a 5,7 milhões de famílias.
No entanto, vendas em queda indicam que os recursos não estão sendo utilizados na compra de botijões, diz o setor.
Segundo dados da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis), as vendas de botijão registram queda de 5,6% nos primeiros quatro meses de 2022, em comparação com o mesmo período do ano anterior.
Conforme fontes ouvidas pelo governo, para implementar a ampliação, um dos modelos avaliados é reduzir o intervalo do pagamento, que passaria de bimestral a mensal.
Caso essa seja a opção escolhida, a tendência é dobrar o custo do programa, que hoje oscila entre R$ 275 milhões e R$ 300 milhões mensais.
No caso do auxílio, a expectativa é contemplar entre 700 mil e 900 mil caminhoneiros autônomos. O piso de R$ 400 pago no programa Auxílio Brasil tem sido uma referência nas discussões.
A autorização para as despesas deve ser incluída na mesma proposta que tramita no Senado e prevê uma compensação aos estados pela redução de tributos sobre diesel e gás.
Os valores ficam fora do teto de gastos, a regra que limita o crescimento das despesas à variação da inflação.